SC tem menor índice de insegurança alimentar do país, diz levantamento
Agricultura familiar em Santa Catarina Ricardo Wolffenbuttel/Secom/Divulgação Santa Catarina é o estado brasileiro com menor proporção de famílias em risc...

Agricultura familiar em Santa Catarina Ricardo Wolffenbuttel/Secom/Divulgação Santa Catarina é o estado brasileiro com menor proporção de famílias em risco de insegurança alimentar grave em relação ao total no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). O índice catarinense é de 3,5% e representa 10.252 pessoas. Os dados foram divulgados este mês pelo Indicador de Risco de Insegurança Alimentar Grave Municipal a partir dos dados do Cadastro Único (CadInsan), desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. ✅Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp 🤔 A insegurança alimentar grave acontece quando a família não consegue manter uma alimentação frequente, com queda na qualidade e na quantidade dos alimentos consumidos por todos, inclusive crianças. Em alguns casos, pode haver até a experiência da fome. Em relação aos demais, os três estados do Sul do país tiveram as menores proporções de famílias em risco de insegurança alimentar grave, segundo o indicador. Confira os menores índices do país: Santa Catarina -> 3,5% Rio Grande do Sul -> 3,9% Paraná -> 4,8% Mato Grosso do Sul -> 8,8% São Paulo -> 9% Mato Grosso -> 9,6% Minas Gerais -> 9,7% Espírito Santo -> 10,9% A coordenadora de Segurança Alimentar e Nutricional de Santa Catarina, Juliana Pires, explicou que não existe um projeto específico no estado para combater a insegurança alimentar, mas, sim, um conjunto de medidas. "É a junção de várias políticas. Não é igual a uma política de assistência, que tem só um foco. A de insegurança alimentar tem saúde, tem educação, tem assistência, ela é um conjunto". Ela deu exemplos. "Na assistência social, tem que ter o CRAS [Centro de Referência de Assistência Social], o equipamento que a pessoa vai procurar caso necessite alguma coisa, que são para pessoas de baixa renda. Na saúde, quando ela está com algum problema de saúde, ela vai nas consultas médicas. O alimento que ela compra tem que ter agricultura para fazer toda essa política, de diminuir o agrotóxico, de dar muitas vezes, auxílio para a distribuição de sementes, que são programas que a gente tem na agricultura". Para a coordenadora, o bom resultado do estado se deve a fatores como os índices positivos de emprego, a diversidade na agricultura e a existência de projetos voltados para a área. "A gente tem um grande número de carteiras assinadas e isso influencia também, porque a pessoa que possui uma renda consegue comprar", resumiu a coordenadora. O CadInsan não explorou as razões pelas quais as famílias passam por insegurança alimentar. Recentemente, o Brasil saiu novamente do Mapa da Fome, de acordo com relatório divulgado nesta segunda-feira (28) pela Organização das Nações Unidas (ONU). Coordenadora de Segurança Alimentar de SC comenta colocação do estado em índice nacional O CadInsan O objetivo do CadInsan é monitorar a incidência do risco de insegurança alimentar grave entre as famílias inscritas no CadÚnico nos municípios e fornecer informações para subsidiar as políticas públicas do setor. Foram consideradas informações como: renda per capita, sexo e raça da pessoa responsável pelo domicílio, presença de menores de 18 anos, tipo de área (urbana ou rural), setor de ocupação e região geográfica. VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias