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Fábricas com processos antigos correm risco no mercado de SC

Com a digitalização e a pressão por produtividade em alta, adaptar-se à nova realidade da indústria 4.0 deixou de ser tendência e passou a ser questão de...

Fábricas com processos antigos correm risco no mercado de SC
Fábricas com processos antigos correm risco no mercado de SC (Foto: Reprodução)

Com a digitalização e a pressão por produtividade em alta, adaptar-se à nova realidade da indústria 4.0 deixou de ser tendência e passou a ser questão de sobrevivência. Pensando nisso, o programa Brasil Mais Produtivo, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em parceria com o SENAI, Sebrae e outras instituições, está oferecendo consultorias 100% subsidiadas para modernizar 200 mil micro, pequenas e médias indústrias no Brasil até 2027, e Santa Catarina é um dos principais focos da iniciativa. “O Estado tem uma base industrial muito forte, diversificada e com potencial de ganho expressivo em produtividade. Mas muitas empresas ainda operam com modelos antigos, pouca automação e processos manuais”, explica Alceri Schlotefeldt, gerente de serviços tecnológicos do SENAI em SC. O que trava a modernização? Segundo Schlotefeldt, os principais entraves enfrentados pelas pequenas indústrias catarinenses são culturais, estruturais e técnicos. A maioria das MPMEs tem equipes enxutas, recursos financeiros limitados e pouca familiaridade com conceitos como manufatura enxuta, eficiência energética e smart factory. “Tem muito empresário que ainda acredita que modernizar significa trocar máquinas ou investir pesado. Mas, na verdade, o que propomos é reorganizar os processos, reduzir desperdícios e usar tecnologia de forma inteligente e acessível”, afirma. O que o programa oferece? O Brasil Mais Produtivo atua em três frentes integradas: Manufatura Enxuta: reorganização do chão de fábrica, eliminação de gargalos, melhoria de fluxo e redução de perdas. Eficiência Energética: diagnóstico detalhado e proposta de ações para cortar custos com energia, com meta de redução mínima de 10% no consumo. Smart Factory: implementação de sensores, coleta de dados em tempo real e conectividade entre máquinas, sempre adaptado à realidade da empresa. Em todas essas etapas, consultores do SENAI acompanham a empresa de perto e ainda promovem capacitação dos times. E o melhor: sem custo para o empreendedor. E os resultados? Empresas catarinenses que já passaram pela transformação relatam ganhos de produtividade de mais de 20%, com melhorias visíveis em prazos, qualidade, controle de produção e até no clima organizacional. “Tem caso de fábrica que produzia X em uma semana e hoje faz o mesmo em três dias, apenas reorganizando o processo. Isso sem comprar uma única máquina nova”, conta Schlotefeldt. SC como vitrine para o Brasil Santa Catarina se destaca no cenário nacional por sua vocação industrial e pela agilidade das empresas em aderir à inovação. Setores como metalmecânico, têxtil, cerâmico e alimentício já estão colhendo os frutos da modernização. “A expectativa é que o estado lidere essa transformação e se torne referência para o país, integrando pequenas indústrias a cadeias produtivas globais que exigem eficiência, rastreabilidade e sustentabilidade”, afirma o gerente do SENAI. Como participar? Empresas interessadas em participar do Brasil Mais Produtivo podem se cadastrar nos canais oficiais do programa ou procurar o SENAI mais próximo. O processo é simples, rápido e totalmente subsidiado.